- Polícia
- 13 de janeiro de 2020
Homem que tentou reanimar cadáver em Gravataí também entrou na mira da polícia; entenda
Desde o caso da mulher de 49 anos, que foi violentada sexualmente após ter sido retirada do túmulo, um dia depois de ser enterrada no Cemitério Municipal do Rincão, toda e qualquer ocorrência que apresente algum fato envolvendo cemitério não passa despercebido pela investigação da 1ª Delegacia de Polícia de Gravataí
Ainda assim, depois do laudo que atestou a presença de sêmen nas regiões genitais da mulher, a polícia busca traçar o perfil do necrófilo (pessoa que tem relação sexual com cadáver). Na última semana, quando policiais ainda ouviam familiares e amigos que prestavam depoimento sobre o crime, um fato chegou à investigação, chamando a atenção dos agentes.
A ocorrência registrada pela Brigada Militar (BM), informa a abordagem a um homem, que, conforme funcionários do Cemitério Municipal do Rincão, teria tentado fazer massagem cardíaca em um corpo que estava sendo velado na capela. Ainda de acordo com o registro, o suspeito, detido já do lado de fora do cemitério, estaria alcoolizado, e foi expulso do local por familiares do falecido. Aos policiais ele informou que era parente do finado, e tentou reanimá-lo.
Conforme fontes consultadas pela reportagem do Giro de Gravataí, o homem estava na condição de foragido, já que deveria estar cumprindo uma medida de prisão domiciliar, que não permite saídas em grandes distâncias, principalmente a noite. Encaminhado para a Delegacia, ele foi conduzido de volta ao sistema prisional.
Mesmo não se encaixando no perfil, policiais apuraram a situação até descartarem a relação com o caso de necrofilia, como conta o responsável pela investigação, delegado Márcio Zachello. “Crimes envolvendo cemitérios não são incomuns. Nesta semana tivemos este caso, no qual segundo a BM, o homem teria feito massagem cardíaca em um cadáver. Logo recebemos e fomos apurar melhor. Qualquer informação que envolva cemitérios ou algo semelhante na região nós vamos investigar. Nada vai passar em branco”, disse o delegado.
Entenda o caso
Foi no dia 10 de novembro que familiares e amigos velaram e enterarram o corpo de uma mulher de 49 anos, que um dia antes, deu entrada no Hospital Dom João Becker com insuficiência respiratória, diagnosticada com Síndrome de Raynaud e esclerose sistêmica. Em óbito no final da manhã, ela foi velada em um ato reservado e enterrada no Cemitério Municipal do Rincão.
Na manhã da segunda, dia 11, uma ligação informava familiares e amigos que o túmulo da mulher havia sido violado, e seu corpo retirado do caixão. Ao chegar no local, eles notaram o caixão quebrado sem o corpo. Há metros da sepultura, encontraram a vítima, que estava nua em uma clareira em meio à mata fechada, no entorno do cemitério. O caso é tratado como vilipêndio a cadáver.