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- 16 de agosto de 2017
Greve dos professores em Gravataí pode terminar nesta sexta-feira
13% aderiram ao movimento. Este foi o último balanço feito pela Prefeitura Municipal de Gravataí sobre a greve dos professores da rede municipal. Após assembléia geral que estabeleceu o início das paralisações nesta segunda (14), uma outra deverá acontecer já nesta sexta, indicando uma divergência entre quem apoia a greve e quem segue trabalhando normalmente. Ainda segundo dados da Secretaria Municipal de Educação (SMED), pelo menos duas escolas seguem totalmente fechadas (Escola Osório Ramos Corrêa e Santa Madalena). Das duas instituições, apenas uma professora foi contra a paralisação e está cumprindo sua carga horária em uma outra escola onde também dá aula.
Sindicato x Governo
Um ofício do Sindicato dos Professores Municipais de Gravataí (SPMG), encaminhado ao prefeito Marco Alba, solicitava medidas e adequações, quatro delas de maior importância, para que fossem cumpridas pelo governo. Uma das propostas seria a não extinção do IPAG Saúde. Marco Alba estava presente na confraternização dos 21 anos do Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores Municipais de Gravataí (IPAG), e contou que houve um equívoco por parte do sindicato ao dizer aos funcionários da área da educação que o serviço saúde do instituto seria extinto.
“Em momento algum, a Administração Municipal sinalizou a extinção do IPAG Saúde. Coordeno o governo que mais o cuidou, viabilizando a manutenção financeira para o seu funcionamento. O fato é que o IPAG Saúde está deficitário, ou seja, gasta mais que arrecada. Assim, a gestão implementará medidas de limitação de serviços e maior controle sobre os gastos médicos e hospitalares. Ações estas aprovadas de forma unânime pelo Conselho Deliberativo da Instituição. São ações necessárias para que o IPAG Saúde mantenha-se vivo e atendendo aos seus associados”, afirmou Marco Alba.
Em um outro trecho do documento encaminhado ao prefeito, o sindicato pede que seja retomada as negociações entre os representantes e o executivo. No documento, cita ainda a criação de um calendário para que o sindicato possa levar as revindicações à discussão junto ao prefeito. Em resposta ao ofício, a Prefeitura de Gravataí informou que irá retomar as tratativas com a categoria, mas não fará dará nenhum tipo de reposição da inflação devido a crise economia instalada no país. Em um ultimo trecho, o governo ainda informa o prejuízo que a greve está causando aos pais e alunos das escolas que tem seus professores na adesão.
Trecho do documento enviado ao sindicato: “Diante do exposto, entendemos que a paralisação mostra-se inadequada a realidade que se encontra a economia brasileira, sendo que o governo municipal acredita na sensibilidade desse Sindicato para encerrar com o respectivo movimento, impróprio, para a comunidade escolas, causando prejuízos a serviços essenciais à população gravataiense”, finaliza o documento com a assinatura do prefeito.
Carreata até a Câmara
Em uma carreata, que trafegou pelo centro da cidade e chegou até a Câmara de Vereadores de Gravataí onde a presidente do Sindicato dos Professores e Magistrados de Gravataí (SPMG), Vitalina Gonçalves, utilizou o espaço da tribuna popular para falar a respeito da greve e também das futuras tratativas com o governo. Aplaudida pelos professores e simpatizantes presentes, ela pediu apoio aos legisladores da casa. De acordo com Vitalina, os professores estão com salários congelados há dois anos e pedem reposição de 14,21% da inflação. Além disso, a categoria fala em “confisco” de 3% dos vencimentos depois que a Câmara aprovou o aumento do desconto do plano previdenciário, de 11% para 14%.
“Desde o início de junho a mesa de negociação com o governo está congelada para discutirmos melhorias de nossa categoria. Tivemos por maioria a decisão de fazer essa paralisação dos professores e viemos até a casa do povo para expor toda esta situação. A nossa nova a assembléia que ocorre na sexta, possivelmente terminará com a greve, mas nós vamos continuar lutando”, finalizou ela.