Gravataí tem o menor número de homicídios em 10 meses desde 2012

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Há dois anos, Gravataí viu o maior número de crimes contra a vida de sua história. Só entre janeiro e outubro de 2017, 143 pessoas foram vítimas de homicídio, outras oito, de latrocínio, roubo seguido de morte, de acordo com os dados apresentados pela Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul.

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Foto: Gabriel Siota Ganzer/Giro de Gravataí/Especial

A violência fez com que a cidade precisasse de apoio. Brigada Militar e Polícia Civil receberam reforços e temporários para a realização de operações especiais para combater os homicídios e enfrentar as facções que eram as principais responsáveis pelas mortes.

O esforço dos órgãos de Segurança Pública teve reflexo já nos números do ano seguinte. No mesmo período em 2018, 61 pessoas foram vítimas de homicídios e outras quatro de latrocínio.

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De acordo com o secretário de Segurança do município, Coronel Flávio Lopes, a projeção era que este ano, houvesse um aumento de 8,54% nos homicídios. Mas, ao contrário do que era imaginado, os primeiros 10 meses de 2019 apresentaram uma nova queda, totalizando 59 homicídios e dois latrocínios. Os números são os menores desde 2012, quando os homicídios deixaram 55 vítimas na cidade e aconteceu apenas um latrocínio.

Número de crimes elucidados também cresceu em Gravataí. Giro de Gravataí/Especial

‘Mão de obra’ do crime fora das ruas

Segundo o Delegado Eduardo Amaral, responsável pela Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa, as estatísticas são reflexo do trabalho integrado entre a Polícia Civil, a Brigada Militar e a Guarda Municipal. Ele ressalta que embora a DHPP atue para elucidar os crimes cometidos, suas ações também funcionam para a prevenção.

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“Quando elucidamos um homicídio e prendemos o autor, estamos tirando das ruas a ‘mão de obra’ do crime organizado. Impedindo outros potenciais homicídios”, explica Amaral. O delegado lembra ainda que a apreensão de armas é outra ação importante para o combate aos homicídios, já que tira ferramentas das organizações criminosas.

Ele também ressalta que o poder judiciário tem contribuído de forma importante. “A Justiça tem nos ajudado muito, deferindo nossos pedidos de prisão preventiva e temporária”. Nesta linha, Amaral lembra que a delegacia tem conseguido elucidar uma porcentagem relevante de homicídios, em torno de 70%.

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Integração também foi um dos fatores que ajudou na redução dos homicídios em Gravataí. Foto: Gabriel Siota Ganzer/Giro de Gravataí/Especial

Números para serem comemorados 

No mesmo sentido, o Major Luís Felipe Neves, comandante do 17° Batalhão de Polícia Militar, que responde pelo policiamento ostensivo na cidade, também festeja as estatísticas e já projeta os números incluindo os dois últimos meses. “Realmente nossos números são bons. Por exemplo, em novembro tivemos apenas um homicídio em Gravataí e dezembro, por enquanto, contamos com dois homicídios, uma média muito boa”, destacou.

O oficial ressalta a troca de ajuda também entre as unidades da Brigada Militar da Região Metropolitana, com o deslocamento de efetivo entre os municípios, de acordo com a necessidade. No combate aos homicídios, especificamente, o trabalho de policiamento conta com a inteligência e a troca de informações com a Polícia Civil. “Com base nisso, montamos ações de abordagem. A gente aborda veículos, aborda pessoas. A gente vai ao ponto principal. Desarticulamos facções, pontos de tráfico”, explica.

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Major Neves é o responsável pelo policiamento ostensivo em Gravataí. Foto: Gabriel Siota Ganzer/Especial

Para Neves, a pronta resposta e o esforço fazem com que a corporação ganhe o apoio da população, que passa a confiar ainda mais na polícia e contribuir com informações, que auxiliam no planejamento das ações de policiamento. Ele lembra ainda que não são apenas os homicídios e latrocínios que tiveram queda, mas outros indicadores como roubos de veículos, roubos de estabelecimentos comerciais, furto a residências. “Se a gente pegar estes 10 meses, Gravataí vem se mantendo de forma controlada”, analisou.

A queda em diversos indicadores também é comemorada pelo Coronel Flávio. “Se pensarmos bem, o homicídios atinge uma parcela segmentada da sociedade. A maioria dos casos está relacionado com o tráfico. Já os latrocínios, e outros crimes atingem todos os cidadãos”, argumentou.

Ele elogia o trabalho dos órgãos estaduais. “A Polícia Civil tem sido muito eficiente nas suas investigações e ações. A Brigada Militar recebeu um aumento de efetivo, intensificou uma série de ações, a Operação Avante trouxe muitos resultados”, explanou, lembrando que a Guarda Municipal sempre tem atuado de forma colaborativa, trabalhando de maneira integrada com a Brigada e a Polícia Civil”, disse.

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