- Esporte
- 11 de março de 2020
Giovani de Oliveira | Inter melhorou, mas o Grêmio é favorito, mais uma vez
Everton pode ser arma para aproveitar espaços deixados pelo sistema de jogo colorado. Foto: Lucas Uebel/Grêmio
O Grêmio é o favorito para vencer o primeiro GreNal da história da Libertadores! Assim como afirmei antes do último clássico, vencido pelo time de Renato, isto não quer dizer que o jogo já está jogado, mas que o lado azul chega, mais uma vez, melhor do que o rival para a partida.
É inegável que o Internacional melhorou neste mês que separa os dois jogos. Couldet é menos questionado, o Colorado conseguiu superar as batalhas da fase preliminar da Libertadores e fez a sua melhor partida no ano na semana passada. A tal intensidade, tão característica dos times do treinador argentino, finalmente apareceu, e com força. Em suas duas últimas apresentações, o Inter chutou a gol 50 vezes, é muita coisa. Acredito que o time esteja no caminho certo.
Contudo, ainda é um trabalho recente, a oscilação é normal. Além disso, pesa sobre o elenco colorado a pressão da sequência de GreNais sem vitórias, a última vez que o Inter saiu vitorioso de um clássico foi no Campeonato Brasileiro de 2018, no Beira-Rio. Na Arena, a última e única vitória colorada foi por 2×1 no distante 30 de março de 2014. Em GreNais, na maioria das vezes, o fator local faz diferença.
Do outro lado, o Tricolor não vem jogando um grande futebol, é preciso reconhecer. Talvez a melhor apresentação gremista tenha sido justamente no primeiro tempo da partida no Beira-Rio. Ali, Renato encontrou o time, pelo menos até que Jean Pyerre ou Thiago Neves conquistem um lugar entre os titulares. Com três volantes, o treinador conseguiu encontrar um equilíbrio, preencheu o meio campo e conseguiu manter a posse de bola, característica importante de seu estilo de jogo.
E é justamente neste tripé que vejo a vantagem do Grêmio. O Inter de Couldet é, finalmente, ofensivo, marca em linhas altas, pressiona o adversário e se posta no ataque. A consistência do trio Matheus Henrique, Lucas Silva e Maicon, e a qualidade com que eles rodam a bola combinadas a velocidade de Everton podem ser o antídoto para aproveitar o espaço deixado pelo sistema colorado.
Por fim, se eu tivesse alguma influência com os treinadores, pediria: Couldet, coloque o D’Alessandro em campo; Renato, dê uma chance para Pepê entre os titulares. Montem seus times com os melhores jogadores, e, se for assim, é impossível deixar qualquer um desde dois no banco.