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- 26 de abril de 2019
Fundação faz ofensiva contra o descarte de resíduos na Costa do Ipiranga e Morungava
Desde a última semana, a Fundação Municipal de Meio Ambiente de Gravataí vem intensificando a fiscalização em áreas consideradas afastadas do centro da cidade. A ação, desenvolvida pelos agentes do Grupamento Ambiental de Gravataí, tem sido rígida e ofensiva contra o descarte irregular de lixo e entulhos nas regiões da Costa do Ipiranga e Morungava, local de extensa área territorial com tráfego intenso de caminhões que transportam lixo, entulhos e materiais recicláveis para as empresas da localidade.
Embora licenciados, e os caminhões transportando as cargas de forma correta, a ação visa coibir irregularidades em guias de transporte, materiais que não podem ser descartados e também garantir o funcionamento legal das cooperativas que atuam naquela região e são fonte de renda para muitas famílias.
Conforme o coordenador da Divisão de Controle e Monitoramento de Fiscalização, José Alberto Cariolatto, as ações visam reprimir o despejo e descarte irregular de lixo nos três aterros licenciados da região. “Fizemos um levantamento de toda a região sobre casos, tanto de irregularidades nos transportes dos resíduos, até em casos de descarte irregular de pessoas que simplesmente chegam ali, e largam restos de construção.
A ação é necessária já que Costa do Ipiranga faz divisa com outras quatro cidades, tornando a região vulnerável, e é este controle que queremos ter. Através do Grupamento, é feita a abordagem de caminhões, analisadas as guias de transporte bem como o funcionamento dos galpões que processam este materiais. Tudo está monitorado”, contou Cariolatto.
A preocupação
Ainda segundo Alberto, uma outra preocupação, também da Prefeitura, são com os recicladores que não integram nenhuma cooperativa, já que elas, licenciadas, executam uma dinâmica de trabalho e o cuidado com o meio ambiente. “Hoje são cerca de 40 galpões que processam estes materiais, então estamos em constante fiscalização, mas tem recicladores que trabalham por conta, e acabam levando os resíduos para suas próprias casas, cooperativas e o resto, acabam não descartando de forma correta”, contou.
Conforme a Fundação, em caso de danos ao meio ambiente, ou então se comprovadas as denúncias feitas por populares do descarte irregular, os responsáveis serão enquadrados e receberão multa. “É uma multa bem pesada. Sabemos da questão social, que muitos deles vivem disso, a prefeitura também está desenvolvendo ações na região para conscientizar estes sobre os cuidados com o meio ambiente. Nossa secretaria, na figura do diretor Luiz Zaffalon, também está engajado nesta causa, por isso estamos cientes das condições de cada um, mas preocupados também com o meio ambiente, finalizou.
O Grupamento Ambiental faz o patrulhamento diário nas áreas próximas das cooperativas, nas divisões territoriais e controla a entrada e saída de caminhões, além de incursões pela mata afim de coibir outros tipos de crime. Conforme a Brigada Militar (BM), a região também é conhecida pela desova de corpos e veículos roubados. A fundação não informou se a operação nas regiões tem prazo para término.