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- 6 de novembro de 2017
Felipe Jardim | Desabafo…
Hoje peço licença aos leitores. Deixo de falar um pouco sobre o tradicionalismo…
Resolvi escrever sobre o que foi noticiado nas TV’s desse País onde uma senhora diz que com seu salário de R$ 33.000,00 encontra-se em trabalho escravo.
Uma Ministra dos Direitos Humanos que fala, nesse tom, que ganhando esse montante de dinheiro vive como suposta “escrava” e não tem “como se vestir” tem algum tipo de decência ou pensamento humanístico para ocupar seu cargo?
Sinceramente me dói cada vez que ligo a televisão ou ouço o rádio…
Cada vez mais o sistema mostra a sua fragilidade e as pessoas que estão em determinadas posições denigrem a imagem da terra, do povo desse Brasil!
Não consigo entender como alguém ocupa um cargo de notoriedade e responsabilidade e ao invés de estar desenvolvendo inúmeros trabalhos em prol do direito humano de todos aqueles que passam duras penas com um salário mínimo, MIRRADO, queixa-se de estar ganhando “pouco”…
Faço das palavras desta grande obra brasileira as minhas:
“Um país onde as leis são descartáveis
Por ausência de códigos corretos
Com noventa milhões de analfabetos
E multidão maior de miseráveis.
Um país onde os homens confiáveis não têm voz, não têm vez, nem diretriz,
Mas corruptos têm voz, têm vez, têm bis,
E o respaldo de um estímulo incomum:
Pode ser o país de qualquer um,
Mas não é, com certeza, o meu país!”
Faça-me um favor Ministra: Viva com um salário de um profissional da educação! Viva com o salário de um “brigadiano”! Viva com o salário de um bombeiro! Viva com um salário de um operário! Viva com um salário de um aposentado da classe média!…
Estes profissionais mesmo com seus salários baixos trazem o pão para suas casas, vestem suas crianças, pagam seus aluguéis, e a senhora, com sua declaração, mostra que somente continuamos caminhando para um lugar: a ruína da decência brasileira.
Clemência senhora Ministra!…
Doe àqueles que necessitam somente a metade do seu salário e assim pode ser que a senhora entenda o que são, de verdade, os “Direitos Humanos”…