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- 6 de novembro de 2018
Exclusivo | Preso em operação teria executado a namorada grávida em 2016
A operação Liberdade que desarticulou a quadrilha que amedrontava os moradores do Loteamento Princesa também revelou a autoria de uma série de homicídios e tentativas envolvendo os integrantes presos durante a ação da Delegacia de Homicídios de Gravataí
Um deles foi Claudemir Xavier. O jovem que foi apontado como autor do disparo que matou Djovany Teixeira de Macedo, de 21 anos, também é apontado pela polícia como autor da morte de Beatriz Rafaela da Rosa, executada com um tiro na região da cabeça no dia 28 de dezembro de 2016.
Desaparecida desde aquele dia 26, o corpo dela foi localizado às margens da ERS-030, em meio ao matagal. A polícia também apurou durante a investigação que ela teria sido morta e carregada por Claudemir até a área para ocultar o corpo. Ele nunca revelou a motivação, mas a polícia acredita que tenha sido após uma briga entre o casal.
O acusado também teria participado de uma outra execução, mas na época era menor de idade e entrou como testemunha, como conta um policial. Embora a Civil tenha obtido provas do crime, além do depoimento de testemunhas, ele negou todos os casos, mas segue preso por conta do mandado de prisão que tinha em seu desfavor.
A operação
A Operação Liberdade foi desencadeada na última quarta-feira para desmantelar uma quadrilha ligada ao tráfico de drogas que “tocava o terror” no Loteamento Princesa, nas proximidades da parada 102, em Gravataí. Na ação, cinco pessoas foram identificadas como alvos principais, e que seriam os “cabeças” para tocar o tráfico na região.
Entre os presos a polícia também conseguiu capturar Moisés Uilian da Silva Silveira, conhecido como “Dragão”, e que foi responsável pela execução filmada de dois primos, que em seguida tiveram seus corpos carbonizados em um caso chocante e de repercussão mundial.
Armas – uma submetralhadora artesanal, dois revólveres e uma quantia de droga e dinheiro foram localizada nas residências aonde ocorreram as diligências. Em depoimento, moradores denunciaram a repressão no bairro, no qual os acusados desfilavam pelas ruas com armas nas mãos, além dos frequentes disparos para o alto afim de amedrontar os moradores.
A polícia também aponta para alguns criminosos que obrigavam os moradores a saíram de suas residências tornando o o local um ponto fixo de tráfico de drogas.