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- 1 de abril de 2019
Dois meses depois, morte de inocentes desafia investigação da polícia em Gravataí
A morte de três pessoas no dia 27 de janeiro, no conhecido “Beco do América” na parada 74, de Gravataí, não foi esquecida pelos familiares e amigos das vítimas; Cristiano Nascimento da Silva, 19 anos, Jair de Moraes Feijó, 31 e de um adolescente de 14 anos. Na Delegacia de Homicídios também não. No entanto, passados dois meses desde aquela fatídica noite, os investigadores tem se desdobrado, entre as remessas de inquéritos, e a investigação do caso.
Na manhã da segunda-feira, horas depois do crime, a polícia dava os primeiros passos com as investigações, e já confirmava: o trio foi morto por engano. No passar das horas os policiais já tinham informações sobre as motivações do ataque. Conforme a investigação, os homens teriam ido até o bairro para executar um criminoso, que tinha envolvimento com o tráfico de drogas, e teria tido uma rixa com o chefe de outra facção.
Ao chegar no beco, viram quatro pessoas próximas de um veículo. Era as vítimas que aguardavam uma tele-entrega de lanche. Quando o veículo, um Fiat/Siena fez o retorno, os atiradores abriram os vidros e mostraram as armas. E foi então que começaram a atirar. Conforme informações, os executaram suspeitavam que as vítimas estariam traficando no local, comandados pelo alvo. Por não terem localizado o procurado, abriram fogo contra os moradores.
Dificuldade
Ainda nos primeiros dias, os policiais receberam diversas denúncias sobre possíveis nomes para autoria do crime. No entanto, a dificuldade de testemunhas e a falta de câmeras de vigilância na região, dificultam o trabalho. “É um bairro conhecido pelo tráfico de drogas, por isso é difícil encontrar câmeras na região. Se encontra, não estão funcionando. Isso atrasa o trabalho da polícia”, destacou um policial.
“Um outro fator também são as testemunhas, temos informações que algumas chegaram a ver os homens executando as vítimas, mas; ou não lembram de nenhum detalhe importante, ou ficam com medo de contar. A região é comandada pelo tráfico, o que acaba deixando esses moradores com medo, imperando a lei do silêncio”, disse um agente.
Os agentes aguardam os últimos laudos periciais para identificar algum vestígio que possa levar a identidade dos atiradores. A Delegacia de Homicídios de Gravataí informa que qualquer denúncia anônima ou informações sobre o crime poderão ser comunicadas através dos telefones (51) 3945-2741 ou pelo WhatsApp (51) 98608-8876. A Polícia Civil ressalta que toda e qualquer informação poderá ser feita em caráter de denúncia anônima.