Caso de médica obstetra denunciada por má conduta é arquivado pelo Cremers

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O caso da médica obstetra denunciada em 2016 por má conduta durante os atendimentos na antiga administração do Hospital Dom João Becker, em Gravataí, ganhou um novo capítulo nesta última semana. O caso, que foi noticiado com exclusividade pelo Giro de Gravataí naquele ano, e que contou com inúmeras denúncias por parte de ex-pacientes e o envolvimento da Câmara de Vereadores de Gravataí, foi arquivado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul – Cremers.

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Conforme o documento do conselho, encaminhado para o vereador Dimas (PSD), que encabeçou as denúncias, consta no processo que no dia 11 de setembro de 2018, a Câmara de Julgamento aprovou pelo arquivamento dos autos da Sindicância por não haver indícios de infração ao Código de Ética Médico, atestando também que não havia nenhum tipo de denúncia formalizada e legal por parte de pacientes que foram atendidas ou que se sentiram lesadas durante os atendimentos.

Relembre o caso

Foi através de uma publicação nas redes sociais em 2016 que uma mãe, na época grávida de três meses, passou ao ser atendida pela médica obstetra, que atua no hospital em Gravataí. Ela contou que foi atendida pela Dr. de forma grosseira e desrespeitosa, além de ter sido humilhada por estar grávida. Não demorou muito para que outras mães relatassem o mesmo tratamento tido durante os atendimentos, o que chamou a atenção de autoridades e da Câmara de Vereadores.

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Administração do Becker abriu o primeiro processo

Os casos relatados por mães e ex-pacientes da médica chegaram até a administração do Hospital Dom João Becker, que na época orientou para que elas fizessem registros formais no hospital, afim de embasar a sindicância aberta na casa de saúde. Conforme consta no documento obtido pela reportagem, na época o Diretor Técnico do hospital, Dr. Marcelo Bastiani Pasa remeteu o caso ao Cremers, concluindo que haveria indícios de infração por parte dela, conforme orienta o artigo 23, capitulo IV do Código de Ética Médica.

Câmara ameaçou CPI

Entendendo a gravida das denúncias, o vereador Dimas promoveu uma reunião com as denunciantes em 2017 na Câmara de Vereadores, e que contou com a presença do Dr. Marcelo Pasa, do presidente na época, Nadir Rocha (MDB) e da vereadora Rosane Bordignon (PDT). As mulheres, muitas delas acompanhadas de seus filhos e maridos puderam relatar como eram os atendimentos e a conduta da doutora. Na época, Dimas alertou para que as denúncias fossem registradas e além disso, a câmara propôs a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), afim de apurar outras irregularidades.

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Denúncia até da esposa do presidente

Uma revelação também chamou a atenção das demais mães no dia da reunião com a direção do hospital. A esposa do então presidente, Nadir Rocha também relatou em ata registrada na casa legislativa, que foi destratada e humilhada pela profissional.

Grávida de seu filho Maicon, foi informada que não poderia ganhar por parto normal, conforme atestado do médico. Sentindo fortes contrações foi levada os hospital Becker.  Apresentando os laudos comprovando que não poderia ganhar de parto normal, a médica falou; “ mas o que é isso? Na hora que vocês trepam com os caras não pensam nisso. Na hora de ganhar vem querer regalias?”. (trecho do depoimento que consta nos autos do processo).  

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Vereador vai novamente

Dimas diz que não deixará o caso, e que irá recorrer ao Conselho Federal de Medicina devido as fortes denúncias e indícios do má atendimento dela e de sua negligência perante a população. O vereador ainda ressaltou a importância dos registros quando ocorrem estes tipos de caso. “Vou recorrer na última instância para este caso. Não podemos deixar impune. Não é uma situação isolada, são várias as mães que relatam a mesma coisa, por isso friso aqui que deve se registrar ocorrências, denúncias no hospital e no conselho, só assim podem tomar as medidas disciplinares”, disse ele.

O contraponto da médica

Desde o início, o Giro de Gravataí tenta contato com a profissional, mas sem sucesso. Em seu depoimento, que consta no documento, ela se defendeu das acusações, e contou que se envolveu em apenas um único caso do exercício de sua profissão na data de 24/09/2014. Na ocasião ela havia antedido uma paciente que reclamou ao ser tratada com ironia por ela durante o atendimento. A jovem então fez uma queixa registrada no Serviço Atendimento ao Cliente (SAC) do hospital. Por fim a médica também ressaltou que trabalha na casa de saúde há mais de três décadas e nunca respondeu nenhum tipo de sindicância, processo administrativo ou penal.

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