- Geral
- 12 de janeiro de 2020
Agrofloresta em Gravataí é exemplo de agricultura sem a utilização de produtos químicos
Em uma floresta, a terra é adubada pelo material orgânico. Tudo que cai, como galhos e folhas é consumido pela natureza, que se renova sem a necessidade da intervenção humana com insumos de fora. É com esta lógica que o professor de Vicente Guindani transformou o sítio da família na Florestaria Tarumim.
A agrofloresta, na Morada Gaúcha, em Gravataí, é inspirada no projeto de Ernst Goetch, que desenvolveu um sistema agriflorestal de plantio de cacau, e formou diversas pessoas. Entre os alunos dele está Namastê Messerschimidt, com quem Vicente fez seu primeiro curso em Porto Alegre.
Em 2018, começaram os trabalhos para organizar o sistema, e o plantio teve início em março de 2019. Na agrofloresta, Vicente produz e aprende. “A terra é bastante generosa, porque ela te permite fazer dela uma sala de aula, onde tu pode errar, testar, aprender, e ainda assim tirar colheitas já no primeiro ano”, explica o professor.
A Florestaria trabalha com plantações em espaçamento curtos, misturando árvores frutíferas , exóticas, nativas e árvores de madeira, assim como hortaliças e outras espécies que servem de fonte de biomassa, dentro do próprio sistema. “Tu planta a tua matéria organica, que através da poda e do manejo serve de adubação e fonte de energia, te libertando aos poucos de insumos externos”, conta Vicente.
“Assim ao invés do solo perder nutrientes ao longo dos plantios, ele melhora cada vez mais”, completa.
Os produtos produzidos por Vicente e sua família na Florestaria Tarumim podem ser comprados nas manhãs de sábado, das 9H às 12h, na feira agroecológica da Vila Caibe. A feira é realizada em parceria com produtores de Porto Alegre, que trazem outros produtos, além daqueles que são colhidos na agrofloresta de Gravataí.